Destaques de hoje na imprensa nacional, regional e setorial.
Estadão On-line: Lula reavalia privatização do Porto de Santos e estuda conceder apenas serviços à iniciativa privada
Aliados do ministro Márcio França dizem que ele e o presidente Lula costuram com o governador Tarcísio de Freitas uma solução de meio-termo para a privatização do Porto de Santos, que seria transferir à iniciativa privada o controle dos serviços prestados no local às empresas, mantendo a autoridade portuária, responsável por conceder outorgas, sob gestão estatal. Isso também evitaria os questionamentos do TCU, que manifestou resistência à proposta de transferir a fiscalização das atividades no porto para empresas privadas. Íntegra para associados.
O Globo On-line: Na contramão da União, estados aceleram planos de privatização e concessão de estatais
Governadores de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná já trabalham para tirar projetos de desestatização do papel. O movimento alimenta a expectativa de investidores e abrange empresas estaduais de alto potencial, como as companhias estaduais de saneamento. Para além do perfil mais “reformista” e liberal, esses governadores precisam recompor caixa após as dificuldades com a redução do ICMS sobre combustíveis em 2022 e estimular investimentos privados. Especialistas avaliam que os estados podem influenciar a União a repensar sua agenda de desestatização, como é o caso das articulações com o governo de São Paulo para destravar a concessão do Porto de Santos. O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, declarou que não há dogma, que o melhor formato para cada projeto será avaliado e que o que interessa “é atrair investimento público e privado para a infraestrutura”. Íntegra para associados.
Folha On-line: Equilibrar reindustrialização e ampliação de acordos comerciais deve ser desafio para Lula
O governo Lula começa com o desafio de reconstruir as pontes de política externa, visando uma reindustrialização do país, e ao mesmo tempo equilibrar a ampliação de acordos comerciais, vistos por alguns como potencialmente prejudiciais ao setor. A retomada do acordo com a União Europeia, bloqueado pelos europeus, precisa ser prioridade para o Brasil, já que o argumento de degradação ambiental deve cair por terra com as sinalizações de Lula e a volta de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente. Analistas defendem que o governo busque acordos que beneficiem o comércio de manufaturados e fortaleça os fluxos do Mercosul com o hemisfério norte. Eles também veem com bons olhos a escolha do vice-presidente Geraldo Alckmin para comandar o Mdic. Se a ideia é promover a reindustrialização, faz sentido buscar parcerias que tenham como contrapartida a transferência de tecnologia de países desenvolvidos. Íntegra para associados.
Folha, Valor Econômico e Estadão On-line: Davos começa com medo de recessão global e Brasil procurando virada
O Brasil será representado em Davos pelos ministros Fernando Haddad e Marina Silva, que tentarão vender o país como um destino seguro e atrativo para investidores externos em meio à reorganização das cadeias globais, afetadas pela Guerra da Ucrânia, e pandemia e inflação combinada com desaceleração econômica nas principais economias. Haddad pretende levar a mensagem de que o governo Lula está “comprometido com um novo arcabouço fiscal”, com a responsabilidade econômica e com a questão ambiental. Marina deve tratar sobretudo da Amazônia. Ela e Haddad terão um painel especial no evento amanhã à tarde (9h no horário de Brasília). Também estarão no fórum os governadores Tarcísio de Freitas, Helder Barbalho e Eduardo Leite. A Pesquisa Global de Percepção de Riscos 2023, que ouviu 1.200 especialistas, prevê que “a próxima década será caracterizada por crises ambientais e sociais, impulsionadas por tendências geopolíticas e econômicas subjacentes”. Íntegra para associados: Folha, Valor e Estadão.
Valor Econômico: Principal cliente do Brasil, China ‘encolhe’ na balança de 2022
Após alcançar fatia superior a 30% em 2020 e 2021, a participação da China na exportação brasileira caiu para 26,8% no ano passado, sob influência principal da queda de valor embarcado de minério de ferro, segundo item do Brasil mais comprado pela China. O país asiático absorveu US$ 18,2 bilhões em minério de ferro brasileiro em 2022, com queda de 37% contra 2021, sob efeito da devolução da alta de preços, que atingiram cotação recorde no decorrer de 2021, e também sob impacto da desaceleração da economia chinesa, mais severa do que inicialmente esperada. Com o recuo, a exportação brasileira do minério voltou ao nível de 2020, quando o valor embarcado foi de US$ 18,5 bilhões. Em 2022 a China foi o principal destino das exportações brasileiras, seguida de Estados Unidos, com 11,2%, e Argentina, com 4,6%. Para 2023, a China deverá recuperar fatia no embarque brasileiro, mas dentro de um cenário geral de desaceleração global. Íntegra para associados.
Imprensa regional:
A Tribuna de Santos: Ministro dos Transportes prioriza expansão de ferrovias
O ministro Renan Filho avalia qual será o melhor caminho para desenvolver o modal ferroviário, de forma que atraia o setor privado junto da participação dos entes públicos. Além da Ferrogrão, as ferrovias Fiol e Fico aparecem com destaque na agenda da pasta. “O ideal era que os projetos de concessão fossem exclusivamente privados. Entretanto, entre alguns segmentos, ainda não há viabilidade. Então, o público não pode se eximir da responsabilidade de estudar a participação”. O ministro defendeu os benefícios de se substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário e disse que vai melhorar o Marco Legal das Ferrovias sem mexer no seu “cerne”. Íntegra para associados.
A Tribuna de Santos – p. a-2 (artigo do engenheiro, pesquisador universitário, escritor e membro da Academia Santista de Letras, Adilson Luiz Gonçalves): Porto de Santos no top 10
Alçar o Porto de Santos a um novo patamar de movimentação exige investimentos, ações e visão de Estado em itens como dragagem de aprofundamento, melhoria de acessibilidade ao porto, qualificação da mão de obra, dinamização das operações, aprimoramento da infraestrutura, ajustes nas normas legais e regulatórias, e implantação de ZPE nos moldes das ZEE chinesas, com ênfase em produção de alto valor agregado, tecnologia de ponta e baixo impacto ambiental, além de menos suscetíveis a condições climáticas, reindustrialização na região da hinterlândia, sobretudo do Estado de São Paulo, e expansão sustentável do porto, inclusive mar adentro. Íntegra para associados.
Jornal Tribuna da Bahia: Codeba encerrou 2022 com recordes de movimentação
A Codeba encerrou 2022 com 10.736.730 toneladas de carga movimentadas nos terminais Aratu-Candeias, Salvador e Ilhéus. Responsável pela movimentação de 60% da carga por via marítima na Bahia e protagonista no escoamento de material entre o Polo Industrial de Camaçari e o próprio Centro Industrial de Aratu, o Porto de Aratu fez circular 5.901.368 toneladas. Combustíveis, nafta e soda cáustica foram as cargas mais transportadas, seguidos de fertilizantes, enxofre e magnesita. O Porto de Salvador teve uma circulação de 4.470.519 toneladas, tendo como carro-chefe a carga conteinerizada (alimentos, equipamentos, petroquímicos, celulose, peças automobilísticas e produtos químicos). Os grãos de trigo, na categoria dos graneis sólidos, ficaram na vice-liderança. Principal exportador de grãos da Bahia, o Porto de Ilhéus registrou uma movimentação de 364.843 ton. Já as cargas gerais de madeira e cacau em sacas renderam 69.401 toneladas. Íntegra para associados.
O Litorâneo e Portos e Mercados: Porto do Rio Grande finaliza 2022 com menor movimentação dos últimos oito anos
A Portos RS informou que em 2022 o Porto do Rio Grande registrou 37.190.078 toneladas, 17,07% a menos que em 2021, em razão da forte estiagem enfrentada pelo Rio Grande do Sul que prejudicou a safra de soja. O mês de menor impacto foi março, que registrou uma queda de 1,59% e o maior foi junho, com 37,37% de queda. O destaque da movimentação ficou com a soja em grão e a segunda carga mais movimentada foi a celulose, seguida de arroz e cavaco de madeira. As exportações tiveram como destino a China (30,52%), Espanha (5,22%) e Estados Unidos (4,50%), e as importações tiveram como origem a Argentina (13,19%), China (10,95%) e Arábia Saudita (7,49%). Íntegra para associados: O Litorâneo e Portos e Mercados.
Imprensa setorial:
BE News (p. 3): SPA projeta crescimento de quase 3% para o Porto de Santos em 2023
Segundo a SPA, o Porto de Santos fechou 2022 com 162,4 milhões de toneladas movimentadas, um crescimento de 10,5% na movimentação de cargas em comparação com 2021. Para 2023 projeta-se um avanço de 2,8%. Em quatro anos, a alta acumulada foi de 22%, o que representa um aumento anual de 5,1%. Para o diretor de Operações da SPA, Marcelo Ribeiro, entre as obras previstas para os próximos anos, a Fips vai permitir que trens que transportam grãos para terminais de exportação retornem ao complexo portuário para captura de granéis sólidos e que, dentro dos planos da autoridade portuária, a expectativa é que em 20 anos as ferrovias avancem de 33% da participação da malha ferroviária para 40%, com a possibilidade do retorno de algumas cargas por trens, como por exemplo, os fertilizantes. Íntegra para associados.
Portos e Navios: Novo arrendatário no Porto de Fortaleza
A Companhia Docas do Ceará e a Progeco do Brasil Operadora de Contêineres assinaram contrato de arrendamento transitório por seis meses para a operação no Porto de Fortaleza de um terminal de contêineres e carga geral. O Porto de Fortaleza tem vocação antiga e potencial cada vez maior nas operações de contêineres, a exemplo da exportação em contêineres refrigerados de melão para os portos de Vigo (Espanha), Dover (Inglaterra) e Rotterdam (Holanda). A presidente da CDC, Mayhara Chaves, comemora também o aumento expressivo das áreas arrendadas. Em 2018 eram 8,8% da poligonal, ao passo que no final de 2022 chegaram a 29,4%. Íntegra para associados.
Portos e Navios: Para analistas, empresas devem esperar um ano com mais agressividade no mercado exterior
Para o diretor da Asia Shipping, Rafael Dantas, a pandemia chacoalhou o mercado de comércio exterior e fez vários players repensarem a logística internacional. A dependência exclusiva da China como o principal fornecedor provocou questionamentos e reacendeu a pauta de nearshore (contratação de serviço remoto que esteja próximo geograficamente da empresa) como forma de evitar a quebra da cadeia logística e garantir preços mais competitivos, o que deverá abrir uma grande oportunidade para o México e o Sudeste Asiático. O Brasil também poderá ser um candidato a hub regional, a depender de melhorias em infraestrutura, tributação e redução da burocracia. Íntegra para associados.
Jornalista, se você deseja mais informações sobre a ABTRA e o setor portuário no Brasil, entre em contato com a nossa equipe. (13) 2105-7300 | comunicacao@abtra.org.br
Entre em contato conosco©Todos os Direitos Reservados - ABTRA 2023