A ABTRA analisa as principais notícias publicadas na imprensa nacional, regional e segmentada.
Portal Uol (ontem): Portos utilizados pelo PCC têm recorde de apreensões de cocaína – Entre o ano passado e este ano, dobrou o número de cocaína — principal produto comercializado pelo PCC— apreendida nos principais portos do Brasil. A procuradora Ryanna Pala Veras, responsável pela denúncia da Operação Brabo, deflagrada em 2017, e que obteve a condenação de 26 pessoas por tráfico internacional de drogas no último mês de maio, diz que “o porto de Santos constitui a principal rota de escoamento de grandes carregamentos de cocaína produzida na América do Sul”. De lá sai boa parte da cocaína que é levada do Brasil para a Europa, incluindo ao sul da Itália, onde a facção paulista mantém negócios com a principal máfia italiana, a ‘Ndrangheta. O PCC tem o interesse de fazer o mesmo em portos do sul do Brasil, sobretudo Paranaguá e Itajaí, por serem mais próximos do Paraguai, uma das principais rotas de entrada da cocaína adquirida pelo PCC.
Estadão On-line – Artigo do presidente da Sindireceita, Geraldo Seixas (ontem): Feliz ano velho, Receita Federal – A Receita Federal entra 2020 sem previsão de concurso, com o quadro de servidores defasado e com um orçamento do ano de 2013. Entre 2019 e 2020 a redução orçamentária do órgão alcançará o percentual de 35%, passando de R$ 2,81 bilhões para R$ 1,82 bilhão. A cada ano que passa a tecnologia avança no controle aduaneiro, mas ainda não é capaz de substituir a presença humana, e nesse compasso de enfraquecimento do corpo de servidores da Receita Federal está se chegando a um limite de atuação que afetará negativamente o controle do comércio exterior.
Estadão: Em recuperação ainda tímida, indústria tem o maior nível de emprego desde 2015 – A indústria da transformação, no segundo semestre do ano passado, somou 10,7 milhões de empregados, o melhor resultado desde 2015, quando havia 11,5 milhões de funcionários. Os segmentos que mais contribuíram com a alta de 1,3% em relação aos números de 2018 foram os de alimentos, têxteis e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, que juntos abriram 189 mil vagas com carteira assinada até o terceiro trimestre.
Valor Econômico: Desempenho fraco frustrou otimismo inicial de 2019 – Uma tempestade perfeita que conjugou fatores domésticos e externos explica a frustração com o desempenho do PIB. O desastre de Brumadinho derrubou a produção de minério de ferro da Vale, que retirou 0,2 ponto do crescimento de 2019. A incerteza econômica em patamar elevado por boa parte do ano também colaborou para o resultado para além das idas e vindas da reforma da Previdência. No campo internacional, a economia global cresceu 3% no ano passado, 0,6 ponto a menos do que em 2018, agravada pela guerra comercial entre EUA e China, que não estava no radar, intensificando a queda das exportações de todo mundo, incluindo o Brasil, que também sofreu com a piora da recessão argentina.
Valor On-line (terça-feira): Governo argentino cogita retomar barreiras às importações – Hoje o sistema de importação criado pelo governo anterior revisa 15% das importações, enquanto 85% entra com licenças automáticas sem revisar. Fonte do atual governo nega que a intenção seja a de barrar produtos brasileiros, mas diz que pretende controlar esses 15% para evitar importadores inescrupulosos. Assim, as licenças que atualmente são concedidas em até 72 horas poderiam demorar 60 dias. Os automóveis não fazem parte desses 15% revisados e entrarão de maneira automática.
Imprensa regional:
G1 Santos (ontem) e A Tribuna de Santos (terça-feira): Porto de Santos movimenta 123 milhões de toneladas e supera recorde de 2018 – Segundo a SPA, a expectativa é somar 133,1 milhões de toneladas operadas de janeiro a dezembro. O complexo soja sofreu queda de 7,1% em relação a 2018, apesar de liderar a movimentação no porto, com 24,09 milhões de toneladas, seguido do milho, com 15,37 milhões de toneladas, alta de 45,2%, e do açúcar, com 13 milhões de toneladas, queda de 7,9%. A movimentação de contêineres somou 3.800.858 TEU, alta de 0,3%. Os embarques em contêineres de açúcar (103,8%), de farelo de soja (57,6%), de sucos cítricos (53,2%), de café (103,8%) e de carnes (127,8%) contribuíram para o resultado.
Matéria de capa da Tribuna de Santos On-line (ontem): Porto de Santos se prepara para navios de 366 metros de extensão – O CAP avalia a mudança do navio-tipo do porto de Santos. Recentemente, o diretor-presidente da SPA, Casemiro Tércio Carvalho, anunciou o plano que prevê o recebimento de embarcações da classe New Panamax, capazes de transportar 14 mil TEU. Análises da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) e simulações feitas pela Praticagem e pela USP comprovam a viabilidade de tráfego dessas embarcações, mas que poderá exigir a redução da velocidade durante o tráfego no Porto e uma mudança na geometria do canal.
Imprensa segmentada:
Portos e Navios (ontem à tarde) e Portal R7 (reproduz da Agência Estado na terça-feira): Porto de Rio Grande movimenta 38,2 milhões de toneladas até novembro – A China foi o principal destino, com 59,6% das exportações de soja em grão, celulose, cavaco de madeira, madeira e glicerina. Do total, pelo menos 14,3 milhões de toneladas foram de soja. A dragagem no Porto está com 98% de suas obras concluídas.
Tecnologística: Hamburg Süd projeta crescimento de 5% para 2020 – Segundo a empresa, o crescimento de 3% em 2019 foi impulsionado pelos volumes crescentes de proteína enviados para a China e Oriente Médio. O desempenho do mercado dry também foi positivo, com destaque para a exportação de algodão, que registrou alta acima de 70%.
Comex do Brasil (terça-feira): Agronegócio tem oito entre os dez produtos líderes das exportações brasileiras em 2019 – A soja em grãos foi, de longe, o carro-chefe das exportações, gerando receita de US$ 26,218 bilhões, mais de 10% do total, seguida de minério de ferro (US$ 22,363 bilhões), petróleo (US$ 23,557 bilhões) e celulose (US$ 7,544 bilhões).
Agência iNFRA: Uso de blockchain é positivo para mercado de infraestrutura, diz especialista – Segundo a especialista Tatiana Revoredo, o uso da ferramenta se dará pela transformação de ativos em senhas virtuais a eles atreladas. O movimento, chamado “tokenização”, vai gerar maior liquidez ao mercado de infraestrutura porque permite a criação de mercados secundários. A descentralização dos dados também vai diminuir os riscos de ataques cibernéticos. Além do mais, o uso de blockchain prevê fracionar o valor dos ativos, tornando-os mais acessíveis.
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